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1 min de leitura

Que livro FORTE!

Todas as Cores do Céu não é uma autobiografia, é um livro da escritora indiana Amita Trasi, que se ambienta na Índia, em Mumbai e em uma cidade fictícia do interior, vamos à Sinopse?

Aos dez anos, Mukta é forçada a seguir um ritual de sua casta, que, essencialmente, a torna uma prostituta. Para salvá-la deste horrível destino, um homem a resgata e lhe dá um lar. Tara, filha dele, cria um laço especial com a criança recém-chegada — um vínculo digno de irmãs. A amizade sofre um baque definitivo, entretanto, quando Mukta é sequestrada. Anos depois, vivendo nos Estados Unidos, Tara retorna à Índia para encontrar a amiga que, ao que tudo indica, foi submetida novamente à prostituição. Mas a extrema pobreza em Bombaim se mostra uma realidade mais difícil do que Tara consegue suportar. Relato emocionante e realista da Índia contemporânea, Todas as cores do céu mostra como o sistema de castas explora os mais fracos, e como o amor nos faz buscar a reparação para nossos atos mais horríveis, vencendo barreiras impenetráveis.

Todos os homens deveriam ler um livro assim, pesado no sentido do machismo. Pra quem viaja à Índia também acho que seria interessante para entender mais do pouco da cultura deles de castas, especialmente sobre as mais baixas.

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Após a imagem, contém spoiler

Fui pesquisar um pouco mais pra saber sobre as castas e vi que, hoje, a Índia não utiliza mais as castas, mas óbvio que sempre tem famílias extremamente tradicionais que ainda as seguem. As catas eram divisões sociais hindus (apesar de terem encontrado essas divisões também em outras religiões dentro da Índia).

São 5 castas, brâmanes, nasceram da cabeça de Brahma, eram os sacerdotes e letrados;, xatrias, nasceram dos braços de Brahma, eram guerreiros; vaixás, nasceram das pernas de Brahma, eram os comerciantes; os sudras nasceram dos pés de Brahma e eram os servos, como artesãos e operários, já os dalits, segundo o hinduísmo, vieram da poeria dos pés de Brahma, eram pessoas sem perspectiva nenhuma de estudar, no caso do livro, Mukta era uma dalit, ela teria que ser prostituta para sempre, assim como tinha sido sua avó e mãe. As castas eram hereditárias e a pessoa só poderia casar com alguém da sua própria casta, nem acima, nem abaixo. No começo do livro a autora cita que os pais de Tara fugiram da pequena cidade deles para poderem se casar, fugiram pois eles eram de castas diferentes.

O destino da pequena Mukta já estava traçado, ela era uma dalit.. Quando ela muda para Mumbai, a mãe da família que a acolhe quer que Mukta seja uma empregada, e a mesma só tinha 9 anos de idade! Todos sabem que na Índia é comum até hoje o trabalho infantil, especialmente em fábricas têxteis, em casas de família não sei informar como está a situação. Essa realidade não é tão distante assim de nós, pelo menos pra quem vive no Nordeste. Antigamente era muito comum ver meninas novas vindo trabalhar nas capitais, não tão novas quanto a personagem, mas ainda sim menores de idade, como tinha pouca instrução, as meninas acabavam virando empregada ou até mesmo prostituta.

A medida que o livro vai avançando, chegamos na parte mais pesada do livro, com prostituição infantil, tráfico humano e um machismo extremo!!

Enfim, o livro é ao mesmo tempo lindo e pesado, quase me emocionei em algumas partes.

Viajando e te contando tudo aqui no blog!

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